domingo, 4 de setembro de 2011

450 mil fazem maior protesto até hoje em Israel

A Marcha do Milhão não chegou a tanto. Mas a chamada primavera árabe chegou a Israel.

Cerca de 450 mil pessoas participaram ontem à noite, em várias cidades, da maior manifestação de massa da História de Israel, para exigir do mais justiça social do governo conservador, informa o jornal liberal israelense Haaretz.

O maior protesto reuniu 300 mil pessoas em Telavive.

“Sr. primeiro-ministro, os novos israelenses tem um sonho simples: tecer a história de nossas vidas em Israel. Esperamos que o Sr. nos deixe viver neste país”, declarou a presidente da União Nacional de Estudantes de Israel, Itzik Shmuli, ao falar para a multidão reunida na Praça Habima no fim de uma marcha de dois quilômetros.

Ela advertiu que o movimento dos israelenses indignados não vai parar: “Os novos israelenses não vão desistir. Vão exigir mudanças e não vão parar até as soluções chegarem”.

A líder estudantil falou de uma nova geração que redescobre o ativismo político do Chile à Europa e ao Oriente Médio: “Minha geração sempre se sentiu como se cada um estivesse sozinho neste mundo, mas sentimos solidariedade. Tentaram nos desqualificar como crianças idiotas ou como extremistas de esquerda.”

Em Jerusalém, o protesto reuniu 50 mil pessoas.

Durante reunião ministerial neste domingo, o primeiro-ministro direitista Benjamin Netanyahu afirmou que “o governo tem o dever de corrigir as desigualdades sociais”.

Netanyahu pediu a seus ministros “um equilíbrio entre sensibilidade social e responsabilidade econômica”.

Para as ruas, esse é um discurso vazio.

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