quarta-feira, 22 de outubro de 2025

EUA tentam manter acordo para acabar com guerra em Gaza

O vice-presidente James David Vance se encontrou hoje com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Amanhã, o secretário de Estado, Marco Rubio, chega a Israel. Os negociadores Steve Witkoff e Jared Kushner estão lá. É o esforço concentrado dos Estados Unidos para salvar o acordo proposto pelo presidente Donald Trump para acabar com a guerra na Faixa de Gaza e negociado também por Catar, Egito e Turquia.

Por enquanto, não há acordo de paz, apenas uma trégua frágil violada várias vezes desde que entrou em vigor em 10 de outubro. 

Cerca de 100 palestinos foram mortos desde então. Há três dias, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) acusou Israel de 80 violações do cessar-fogo. Só em 19 de outubro, 44 palestinos teriam sido mortos. Ao todo, estima-se que mais de 67 mil palestinos morreram na guerra em Gaza.

Israel alega que o Hamas matou dois soldados e está executando adversários políticos numa tentativa de retomar o controle do território nas áreas de onde Israel se retirou. O Hamas se defendeu dizendo que os soldados foram mortos por uma patrulha que estava sem contato com o comando da organização.

Hoje, a Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas declarou que Israel, como força de ocupação, precisa facilitar imediatamente a entrada e a distribuição de ajuda humanitária e garantir que as necessidades básicas dos palestinos sejam atendidas. 

Como força de ocupação, acrescenta o tribunal da ONU, Israel tem o "dever legal incondicional" de "concordar com e facilitar esquemas de ajuda" realizados pela ONU e por organizações humanitárias imparcial, inclusive a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos, que Israel acusa de estar infiltrada pelo Hamas, e a Cruz Vermelha Internacional, que se chama Crescente Vermelho nos países muçulmanos.

O tribunal da ONU julga uma acusação de genocídio feita pela África do Sul contra Israel no fim de 2023. Aceitou a denúncia, mas não mandou parar a guerra, apenas recomendou expressamente que Israel proteja a população civil e permita a entrada de ajuda humanitária em quantidade suficiente, o que Israel não fez.


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