segunda-feira, 30 de abril de 2018

Ataque atribuído a Israel deixa 26 mortos na Síria

Um bombardeio de mísseis contra forças da ditadura de Bachar Assad na província de Hama, no Centro da Síria, deixou 26 mortos, na maioria iranianos. Outro ataque alvejou uma base militar na província de Alepo.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não governamental de oposição sediada em Londres que monitora a guerra civil no país, acredita que o ataque "provavelmente" tenha sido feito por Israel, informou o jornal The Times of Israel.

"Pelo menos 26 combatentes foram mortos, inclusive quatro sírios", declarou Rami Abdel Rahman, diretor do observatório. "Os outros eram combatentes estrangeiros, na maioria, iranianos. Dada a natureza do avo, é provável que tenha sido um ataque israelense."

Cerca de 200 mísseis foram destruídos e 11 iranianos mortos, noticiou o jornal liberal israelense Haaretz, citando fontes não identificadas da aliança pró-Assad.

A mídia oficial do regime sírio noticiou ataques contra alvos do governo nas províncias de Hama e de Alepo. Sem citar dados sobre vítimas, o sítio governista Tishreen acusou os Estados Unidos e o Reino Unido, talvez para não reconhecer sua fragilidade e impotência diante de Israel, o inimigo histórico.

Na base de Hama, o alvo foi um depósito de armas, o que aumentou a intensidade da explosão, vista até uma distância de seis quilômetros.

Se confirmado, será o segundo ataque israelense a bases sírias onde há militares iranianos. No início do mês, um bombardeio à base aérea T4, em Homs, matou sete soldados do Irã, inclusive um comandante da Guarda Revolucionária Iraniana.

No domingo, o ministro da Defesa linha-dura de Israel, Avigor Lieberman, reafirmou que Israel tem o direito de operar na Síria e não seria detida pelos novos sistemas de defesa aérea de nova geração fornecidos pela Rússia.

"Vamos manter nosso direito de operar em toda a Síria", afirmou Lieberman. "Vamos impedir o Irã de instalar bases avançadas na Síria a qualquer custo."

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, deve fazer um pronunciamento daqui a pouco sobre o conflito com o Irã, acusando o regime dos aiatolás de manter um programa nuclear secreto, apesar do acordo assinado em 2015 com as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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