quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Chile vai interrogar de novo chefe do ataque a Allende

A Justiça do Chile vai interrogar pela terceira vez o ex-brigadeiro da Força Aérea Mario López Tobar, responsável pelo bombardeio aéreo ao palácio presidencial de La Moneda no golpe que derrubou o presidente socialista Salvador Allende, em 11 de setembro de 1973. O objetivo é saber os nomes dos outros pilotos que atacaram naquele dia a sede do governo e a casa particular do presidente chileno.

O juiz Mario Carroza rejeitou uma petição do Movimento Socialista Allendista para considerar o ataque aéreo uma tentativa de homicídio, independemente das circunstâncias da morte de Allende, que se suicidou para não ser preso pelos golpistas.

Carroza também investiga as mortes, durante a ditadura militar chilena, do poeta Pablo Neruda e do general Alberto Bachelet, pai da ex-presidente Michele Bachelet (2006-10).

Neruda morreu em Santiago 12 dias depois do golpe, oficialmente por causa de um câncer na próstata. Mas seu motorista particular afirma que conversou e caminhou com ele horas antes sem perceber qualquer problema de saúde até o poeta receber uma injeção, supostamente com anestésicos.

Como o motorista alega que a injeção causou o ataque cardíaco que matou Neruda, o Partido Comunista do Chile está pedindo a exumação dos restos mortais do poeta para esclarecer sua morte.

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