quinta-feira, 8 de maio de 2008

Hesbolá acusa governo libanês de declarar guerra

Beirute está em chamas. Pelo menos 10 pessoas foram mortas nesta quinta-feira, 9 de maio de 2008, na capital do Líbano, em confrontos entre partidários do governo pró-ocidental e da oposição majoritariamente muçulmana, liderada pela milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus).

Seu líder, o xeque Hassan Nasrallah, acusou o governo do primeiro-ministro Fouad Siniora de declarar guerra à milícia ao bloquear a televisão do Hesbolá.

Houve tiroteio e ataques com granadas de morteiro em vários bairros da capital libanesa. No segundo dia de uma greve geral convocada pelo Hesbolá, seus militantes bloquearam o acesso ao aeroporto de Beirute.

A oposição exige a queda do governo e impede a eleição do presidente, o que paralisa os poderes Executivo e Legislativo há mais de um ano.

Em Nova Iorque, o embaixador norueguês Terje Roed Larsen, enviado especial do secretário-geral, declarou ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que a Resolução 1.559 não está sendo cumprida.

A Resolução 1.559 do Conselho de Segurança da ONU, de 2004, prevê a retomada da soberania do Exército do Líbano sobre todo o território nacional, sem a interferência de forças estrangeiras, como a Síria, que retirou seus soldados do país depois de quase 30 anos, nem de milícias, como o Hesbolá.

Essas milícias precisam entregar as armas e se converterem em partidos políticos democráticos. Mas o xeque Nasrallah vociferou que está atentado para defender as armas e a existência do Hesbolá contra o que considera uma conspiração ocidental.

É uma situação sombria a do Líbano, onde o tiroteio e os combates de rua recomeçaram ao amanhecer.

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