segunda-feira, 29 de junho de 2020

Pandemia acelera nos EUA e tem novos surtos na Ásia

A pandemia se agrava. No fim de semana, o total de casos confirmados passou de 10 milhões e o de mortes de 500 mil. A Organização Mundial da Saúde adverte que a pandemia está longe do fim e vai enviar uma equipe à China na próxima semana para investigar a origem da doença do coronavírus de 2019.

Os Estados Unidos têm um quarto do total de casos no mundo inteiro, quase 2,682 milhões, mais mortes, 128 mil, e registram duas vezes mais casos novos do que duas semanas atrás, enquanto China, Japão, Coreia do Sul e Austrália têm novos picos de infecção. 

No domingo, foram registrados mais de 42 mil casos novos nos Estados Unidos. Nas últimas semanas, houve aumento do ritmo de infecções em 38 dos 50 estados americanos, de acordo com a Rádio Pública Nacional.

O Brasil registrou mais 727 mortes em 24 horas, chegou a 58.385 óbitos e mais 25.234 casos novos, elevando o total para 1.370.488.

A China aprovou uma vacina que será aplicada nos militares. No mundo inteiro, há 147 vacinas em desenvolvimento. No fim de semana, o governo brasileiro anunciou um acordo com o laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford, na Inglaterra, que estão desenvolvendo a vacina mais promissora. 

Hoje, o Dr. Anthony Fauci, principal epidemiologista da força-tarefa da Casa Branca, disse que ficará satisfeito com uma vacina que tinha eficácia em 70 a 75 por cento dos casos.

Sob o impacto da pandemia, uma onda verde dominou o segundo turno das eleições municipais da França. O partido Europa Ecologia-Os Verdes (EELV), fundado em 2010 por Daniel Cohn-Bendit, Dani Le Rouge, Dani o Vermelho, líder da Revolução dos Estudantes de maio de 1968, ganhou em Lyon, Bordeaux, Estrasburgo, Poitiers, Besançon, Annecy e Grenoble, e apoiou os candidatos vencedores em Paris, Marselha e Montpellier.

"Isto lembra as eleições municipais de 1977", quando a esquerda ganhou, antecipando a vitória do socialista François Mitterrand na eleição presidencial de 1981, festejou o secretário-geral do Europa Ecologia-Os Verdes, Julian Bayou.

Foi uma derrota para A República em Marcha (LREM), do presidente Emmanuel Macron, que não conseguiu se firmar como um partido municipalista. Uma aliança de esquerda se reconstitui, pressionando o presidente. Ex-ministro das Finanças do presidente socialista François Hollande (2012-17), Macron teve de se alinhar à centro-direita.

Hoje, numa guinada ecológica, o presidente recebeu no Palácio do Eliseu a Convenção Cidadã pelo Clima e só rejeitou três de suas 149 propostas: um imposto de 4% sobre dividendos, sob a alegação de que desestimularia o investimento; uma redução da velocidade máxima nas estradas de 130 para 110 km/h; e a introdução da proteção ambiental como meta prioritária no preâmbulo da Constituição da França.

Macron anunciou que não vai apoiar o acordo de livre comércio da União Europeia com o Mercosul enquanto o Brasil não cumprir o compromisso de proteger o meio ambiente e a Amazônia.

Nesta quarta-feira, começa o terceiro trimestre do ano, quando há uma esperança de recuperação econômica no Leste da Ásia e na Europa, enquanto os Estados Unidos, a América Latina, o Sul da Ásia, a África e o Oriente Médio vão continuar lutando contra o impacto da pandemia.

O Brasil perdeu 1,4 milhão de empregos com carteira assinada em três meses. Mais 11,6 milhões tiveram salários reduzido para não perder o emprego.

A economia argentina desabou 26,4% em abril e deve fechar o ano com queda de até 12% no produto interno bruto, pior do que os 10,9% de 2002, depois do colapso da dolarização da era Carlos Menem (1989-99).

O economista Edmar Bacha, diretor do Instituto de Pesquisas Econômicas Casa das Garças e um dos pais do Plano Real, prevê uma mudança estrutural depois da pandemia, com aumento dos gastos públicos e maior preocupação com a desigualdade social e a distribuição da riqueza. Meu comentário:

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