terça-feira, 9 de abril de 2019

Novas projeções indicam vitória de Netanyahu em Israel

Diante dos primeiros resultados oficiais, novas projeções dos canais 12 e 13 da televisão israelense apontam a vitória do primeiro-ministro ultradireitista Benjamin Netanyahu nas eleições desta terça-feira em Israel. 

O partido Likud, de Netanyahu, deve eleger 35 deputados da Knesset contra 34 da aliança Azul e Branca, de oposição e terá melhores condições de formar uma coalizão para chegar à maioria de pelo menos 61 deputados, noticiou o jornal The Times of Israel.

As duas emissoras colocam o partido religioso Shas em terceiro, com oito cadeiras, seguido pelo Judaísmo Unido da Torah, com sete, ambos aliados em potencial do primeiro-ministro. Os partidos Nova Direita, Zehut e Gesher não superaram a cláusula de barreira, de 3,25%, e devem ficar fora do parlamento.

Pelas projeções atualizadas do Canal 12, a direita deve eleger 63 dos 120 deputados e a centro-esquerda 57. O Canal 13 dá 65 cadeiras à coligação de direita. Quando saíram as pesquisas de boca de urna, o Canal 12 previa 37 cadeiras para a aliança Azul e Branca e 33 para o Likud. O Canal 13 previu um empate em 36 deputados para cada um.

Em porcentagem, apurados 3,4 milhões de votos, o Likud lidera com 27% contra 25,9% da aliança oposicionista, liderada pelo general Benny Gantz, ex-comandante do Exército de Israel, e pelo ex-apresentador de TV Yair Lapid.

Como vencedor, mesmo por pequena margem, de apenas um deputado, Netanyahu tem prioridade para tentar articular o novo governo. Se conquistar um quinto mandato, vai superar o fundador de Israel, David ben Gurion, e se tornar o primeiro-ministro que governou o país por mais tempo.

Na reta final da campanha, Netanyahu prometeu anexar as colônias judaicas na Cisjordânia ocupada, enterrando de vez a chance de criação de um país independente para o povo palestino.

Nas próximas semanas, o governo Donald Trump deve apresentar a nova proposta dos Estados Unidos para a paz entre árabes e israelenses. A expectativa é que tente ressuscitar a proposta de formação de uma federação com a Jordânia para acolher os palestinos. Não é uma receita para a paz.

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