segunda-feira, 4 de julho de 2016

Líder do Partido da Independência do Reino Unido renuncia

Mais um responsável pela catastrófica vitória da saída do Reino Unido da União Europeia sai de cena fugindo da responsabilidade pelo problema que criou. O líder do ultradireitista Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), Nigel Farage, anunciou hoje sua renúncia.

"Meu objetivo na vida pública, a saída da UE, foi atingido", declarou hoje em Londres o líder neofascista. "Cumpri minha missão. Fiz a minha parte."

O único deputado do partido, Douglas Carswell, criticou a liderança de Farage: "Fomos longe demais e eu critiquei quando fomos longe demais... Não é só errado moralmente. É eleitoralmente desastroso."

"Este é um país decente e generoso", acrescentou Carswell. "As pessoas têm o direito legítimo de ter uma sensação de raiva com os políticos, mas a resposta não é jogar com o medo e a raiva das pessoas e, sim, prometer a esperança de algo melhor.""

Farage havia renunciado em maio de 2015, depois de não conseguir conquistar uma cadeira na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico nas eleições gerais. Voltou atrás dias depois.

O principal líder da campanha pela saída da UE, o ex-prefeito de Londres Boris Johnson surpreendeu o país e o mundo na semana passada ao anunciar que não será candidato à liderança do Partido Conservador. A favorita é a ministra do Interior, Theresa May. O ministro da Justiça, Michael Gove, que traiu Johnson, é outro forte candidato.

No Partido Trabalhista, o maior da oposição, o líder Jeremy Corbyn sofre grande pressão para renunciar depois de não ter mobilizado o eleitorado para manter o Reino Unido na Europa unida.

Em entrevista ao jornal francês Le Monde, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, previu uma queda de 1,5% a 4,5% no produto interno bruto do Reino Unido até 2019.

2 comentários:

Anônimo disse...

O brexit mostrou aos ultra-direitistas que a saída da UE pode ser um tiro no pé. vamos ficar de olho em outros extremistas, principalmente, Lepenn.

Nelson Franco Jobim disse...

A expectativa é que o impacto negativo do Brexit desestimule propostas semelhantes em outros países europeus.