Com 26,8% das preferências, o governista Partido Popular, de direita, lidera por pequena margem em pesquisa divulgada ontem sobre as eleições parlamentares a serem realizadas neste ano na Espanha, noticiou a agência Reuters. O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) ficou em segundo com 23,4%, empatado tecnicamente com o Podemos, da nova esquerda, com 23,2%.
O partido Podemos é filho do Movimento dos Indignados, que sacudiu a Espanha quando o sistema financeiro do país enfrentou problemas por causa da Grande Recessão, que lá só terminou em 2014. É fruto do desgaste dos grandes partidos. Tem uma plataforma mais à esquerda, contra as grandes empresas e o sistema financeiro espanhóis, que culpa pela crise. Flertou com o chavismo. Diante da crise da Venezuela se afastou.
Quando a crise estourou, em 2008, o PSOE estava no poder com o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero. A crise elevou o desemprego a mais de 25% e mais de 55% entre os jovens. Não há governo socialista que resista.
A direita pós-franquista retomou nas eleições de 20 de novembro de 2011 com Mariano Rajoy o poder que perdera quando o então primeiro-ministro José María Aznar atribuiu ao grupo guerrilheiro separatista basco ETA o atentado terrorista contra o sistema de transportes de Madri, em 11 de março de 2004.
Os responsáveis eram terroristas muçulmanos retaliando pela participação espanhola na invasão de George W. Bush ao Iraque. Quando ficou evidente que o governo mentia e tentava encobrir a realidade, o PP foi derrotado, apesar da boa situação econômica na época.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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