A França não vai intervir militarmente sozinha na Líbia para impedir uma guerra civil generalizada entre milícias extremistas muçulmanas e grupos armados não religiosos que disputam o poder desde a queda do ditador Muamar Kadafi, em agosto de 2011, declarou o presidente François Hollande, citado pela agência de notícias oficial do Kuwait.
Na visão de Hollande, a situação na Líbia se deteriorou porque depois da intervenção militar autorizada pelas Nações Unidas para impedir que Kadafi massacrasse seu próprio povo não houve continuidade com uma missão de paz para reconstruir o país.
A Líbia tem hoje dois governos, um reconhecido internacionalmente, que se reúne em Tobruk, e o da aliança fundamentalista Amanhecer da Líbia, que controla a capital, Trípoli.
O presidente francês entende que o conflito deve ser resolvido pela ONU. Se houver um mandato internacional da ONU para intervir, Hollande promete examinar a possibilidade de participar.
A França tem mais de 3 mil soldados em países da região como Chade, Níger, Mali, Mauritânia e República Centro-Africana, que sofrem com rebeliões muçulmanas insufladas pelo aumento do tráfico de armas e mercenários com a guerra civil líbia.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário