terça-feira, 1 de julho de 2014

Japão autoriza Forças Armadas a usar a força no exterior

O primeiro-ministro Shinzo Abe baixou hoje uma resolução que na prática visa a eliminar as restrições para que o Japão possa manter Forças Armadas modernas e participar de guerras fora de seu território "para ajudar países amigos". É um abalo sísmico no pacifismo que caracterizou a política externa japonesa depois da derrota na Segunda Guerra Mundial.

"Nossa leitura da Constituição não mudou", declarou Abe em entrevista, tentando justificar a nova interpretação, observou a revista japonesa Nikkei Asia Review.

Pelo Art. 9 da Constituição de 1947, imposta pelos Estados Unidos durante a ocupação americana, o Japão renuncia ao direito de usar a força fora de seu território: "Aspirando sinceramente a uma paz baseada na justiça e na ordem, o povo japonês renuncia para sempre à guerra como um direito soberano da nação e ao uso da força como meio para resolver disputas internacionais. Para atingir este objetivo, não serão mantidas forças de ar, terra e mar nem outros instrumentos de guerra. O direito de beligerância do Estado não será reconhecido."

Isso significa que o Japão pode ter apenas Forças de Autodefesa, que na prática são de terra, mar e ar, mas não pode ter vários tipos de armas ofensivas, como bombas atômicas e mísseis de médio e longo alcances.

O governo japonês muda sua política de defesa diante da agressividade cada vez maior da China, a superpotência emergente, nas disputas territoriais com os países vizinhos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Finalmente, já estava ficando ridículo as forças de defesa japonesas classificarem porta-aviões de destróier. afinal, o quê são armas ofensivas? uma bomba termo-nuclear ou uma simples faca mata de qualquer jeito. o início da primeira guerra mundial usou-se uma arma de mão e, no final, morreram milhôes, vitimas de todo tipo de armas.
Simeon.