O Islã proíbe a representação da figura humana. Por isso, não há imagens oficiais de Maomé. É uma religião da palavra.
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Às 9h da manhã em Paris, não havia mais nenhum dos 75 mil exemplares, colocados a venda por 2,50 euros. A reação feroz é considerada inevitável.
Na sexta-feira, sai uma segunda edição com 200 mil cópias. Quando republicou as caricaturas de Maomé que apareceram primeiro num jornal de extrema direita da Dinamarca causando furor entre os muçulmanos, o Charlie Hebdo vendeu 480 mil exemplares. Seu sítio de Internet está bloqueado.
Nos Estados Unidos, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, se perguntou o que quer o tabloide francês: "Sabemos que as imagens serão muito chocantes para muita gente. Mas nós falamos regularmente sobre a importância de proteger a liberdade de expressão, garantida por nossa Constituição. Não nos interrogamos sobre o direito de dizer qualquer coisa, mas simplesmente sobre a escolha que presidiu a decisão de publicá-las".
Até agora, as representações diplomáticas e algumas empresas transnacionais americanas eram os principais alvos da ira dos radicais muçulmanos.
Sob o pretexto de que a França não tem nada a ver com o filme, mas com certeza pensando também nas caricaturas, o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault não autorizou uma manifestação convocada pelos muçulmanos para o próximo sábado. O país tem a maior população muçulmana da Europa, cerca de 5 milhões de pessoas.
No Egito, o Partido da Liberdade e Justiça, um braço da Irmandade Muçulmana, declarou: "Rejeitamos e condenamos as caricaturas francesas que desonram o profeta e condenamos toda ação que profane o sagrado".
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