quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Juiz atrapalha plano de Obama para Guantânamo

No primeiro julgamento de um preso em Guantânamo pela Justiça civil dos Estados Unidos, um juiz vetou a principal testemunha de acusação, complicando a estratégia do presidente Barack Obama de fechar a prisão instalada na base militar em Cubae realizar os julgamentos em território americano, uma de suas promessas de campanha.

O réu é o tanzaniano Ahmed Ghailani, acusado de envolvimento nos atentados contra as embaixadas dos EUA em Dar-es-Salam, na Tanzânia, e Nairóbi, no Quênia, em agosto de 1998, quando 224 pessoas morreram. A testemunha é Hussein Abebe, que teria vendido os explosivos para o ataque na Tanzânia.

Mas o juiz Lewis Kaplan vetou a testemunha, alegando que seu nome foi revelado quando Ghailani estava sob "coação" de agentes da CIA, o serviço de espionagem dos EUA.

Para o advogado de defesa, o juiz entende que a Constituição é a pedra fundamental da nação americana: "O julgamento será feito com base nas provas colhidas legalmente, sem coação nem tortura".

A base naval de Guantânamo, um enclave americano em Cuba, foi usada pelo então presidente George W. Bush como centro de detenção para presos na sua guerra contra os grupos terroristas muçulmanos para lhes negar os direitos garantidos pela Convenção de Genebra sobre Prisioneiros de Guerra.

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