O anúncio foi feito domingo à noite, pelo horário brasileiro, antes da abertura das bolsas da Ásia, na segunda-feira, para blindar o euro e conter ataques especulativos contra a moeda comum europeia.
As bolsas reagiram positivamente na Ásia e mais ainda na Europa, onde Paris subiu 9,7% e Madri avançou 14,43%, um recorde histórico. Em Nova York, o Índice Dow Jones cresceu 3,9% e a bolsa Nasdaq, 4,8%. Aqui no Brasil, a Bovespa recuperou parcialmente as perdas dos últimos dias, com alta de 4,11%.
O mercado festejou porque finalmente a União Europeia tem um mecanismo integrado de combate a crises econômico-financeiras.
Em uma medida considerada radical a ponto de ser chamada de "opção nuclear", o Banco Central da Europa e os outros bancos centrais da zona do euro foram autorizados a comprar títulos da dívida pública de seus países-membros para colocar mais dinheiro em circulação em momentos de crise.
Com a estabilidade do mercado, o próximo desafio é impor a disciplina fiscal a Grécia, Portugal e Espanha. O governo de Portugal reduziu de 8,3% para 7,3% a meta para o défice em 2010.
Na Grécia, o primeiro-ministro George Papandreou recebeu os líderes dos quatro maiores partidos para discutir a aplicação dos cortes de gastos públicos e pedir união nacional. O ministro do Trabalho advertiu que sem uma reforma da previdência o país não vai poder pagar aposentadorias no futuro.
O descontentamento é enorme. A chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel perdeu a maioria no Senado com a derrota da coalizão liberal-democrata-cristã nas eleições estaduais na Renânia do Norte-Vestifália.
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