O governo da Argentina está pressionando os supermercados a não importar alimentos que tenham similares no mercado interno, revelou o jornal La Nación.
A partir de 1º de junho, os supermercados argentinos não devem oferecer massas, azeite de oliva, chocolates e outros alimentos importados, determinou o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, próximo do casal Kirchner.
Há duas semanas, revela La Nación, as redes de supermercados tiveram problemas para comprar milho do Brasil, já que a produção argentina não é suficiente para atender a todo o consumo do país.
"Quando reclamamos da situação a Moreno", conta um importador citado pelo jornal, "ele nos disse que não era um problema dele e que é preciso apoiar a indústria nacional", ignorando a existência do Mercosul.
Os supermercados temem o impacto inflacionário da medida escandalosamente protecionista, adotado no momento em que o homem-forte do governo argentino, o ex-presidente Néstor Kirchner, é eleito secretário-geral da União das Nações da América do Sul (Unasul), numa manobra oportunista para voltar a se candidatar à Presidência da Argentina em 2011.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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