sexta-feira, 12 de março de 2010

Diretoria do Lehman Brothers escondeu prejuízo

A investigação oficial dos Estados Unidos sobre o agravamento da crise financeira internacional acusa a diretoria do Lehman Brothers e da empresa de auditoria Ernst & Young de maquiar os problemas meses antes do colapso do banco, em 15 de setembro de 2008, marco do aprofundamento da crise.

O relatório de 2,2 mil páginas do procurador Anton Valutas aponta a "prática regular de irregularidades contábeis" e a supressão de dívidas de US$ 50 bilhões do balanço do Lehman Brothers. As provas incriminam diretamente o ex-diretor-presidente do banco, Richard Fuld, e três diretores financeiros, Chris O'Meara, Erin Callan e Ian Lowitt, além da E&Y.

Um artigo no jornal americano The Wall Street Journal, porta-voz do centro financeiro de Nova York, elogiou a eficiência da investigação ao denunciar as práticas ilícitas do mercado e admitiu que isso só foi possível porque a falência expôs as vísceras do Lehman Bros.

É provável que o mundo nunca fique sabendo exatamente o que aconteceu nas empresas salvas pelo Tesouro dos Estados Unidos, como a seguradora A-I-G, as companhias de crédito imobiliário Freddie Mac e Fannie Mae, e os bancos Bear Stearn e Merrill Lynch.

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