A Argentina protestou contra a nomeação de Ahmad Vahidi para ministro da Defesa do Irã pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad. Vahidi é um dos principais acusados pelo atentado contra um clube da comunidade judaica em Buenos Aires em 18 de julho de 1994 em que 85 pessoas morreram e outras 200 ficaram feridas.
Para o Ministério das Relações Exteriores da Argentina, a indicação "constitui uma afronta à Justiça argentina e às vítimas daquele ataque terrorista brutal".
Em nota, a associação das entidades judaicas argentinas deplorou "a decisão tomada pelo presidente iraniano, que sistematicamente nega o Holocausto e pede a desruição do Estado de Israel", considerando-a "um insulto sem qualificação contra as vítimas do massacre e suas famílias, a comunidade judaica argentina, a República Argentina e seu Poder Judiciário, que merece a condenação categórica do governo nacional e da comunidade das nações democráticas".
O governo argentino "exige mais uma vez que a República Islâmica do Irã coopera plenamento com a Justiça argentina, permitindo que os acusados de participação no ataque sejam julgados pelos tribunais competentes".
A Justiça argentina denunciou diversos dirigentes do regime fundamentalista iraniano, inclusive o ex-presidente Ali Akbar Hachemi Rafsanjani.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário