Durante a conferência ministerial sobre o Iraque realizada ontem e anteontem em Charm al-Cheik, no Egito, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, encontrou-se com seu colega sírio, Walid al-Moallem, durante 30 minutos. Foi o primeiro contato de alto nível entre os Estados Unidos e a Síria em mais de dois anos. Rice pediu o fim do apoio sírio aos rebeldes sunitas no Iraque.
"Eu não lhe dei lições nem ele a mim", disse a secretária, comentando o encontro com o chanceler sírio.
A secretária de Estado também planejava falar com o ministro do Exterior do Irã, Manouchehr Mottaki, mas ele saiu antes do jantar oferecido pelo ministro do Exterior do Egito, Aboul Gheit.
O início de um diálogo com a Síria e o interesse de falar com o Irã marcam uma mudança da posição da política externa de Bush. Esse diálogo com os maiores inimigos estatais dos EUA fora sugerido no final do ano passado pelo Grupo de Estudos sobre o Iraque. Na época, o governo George W. Bush rejeitou a proposta como contraproducente.
Em abril, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, principal líder democrata no Congresso, foi duramente criticada por ter ido a Damasco conversar pessoalmente com o presidente sírio, Bachar Assad.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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