segunda-feira, 4 de março de 2019

China reduz meta de crescimento econômico para 2019

Em relatório a ser apresentado na abertura da sessão anual do Congresso Nacional do Povo na manhã desta terça-feira pelo primeiro-ministro Li Keqiang, sob o impacto da guerra comercial deflagrada pelos Estados Unidos, o governo da China reduz a meta de crescimento econômico para uma faixa de 6% a 6,5%, noticiou o jornal inglês Financial Times. 

Aumenta o temor do mercado de que a segunda maior economia do mundo esteja em curva descendente. Em 2019, a China cresceu 6,6%, o pior resultado desde 1990, quando o país estava sob o impacto das sanções impostas depois do Massacre na Praça da Paz Celestial.


A meta de inflação foi fixada em 3% e o déficit fiscal previsto é de 2,8% do produto interno bruto, 0,2 ponto percentual acima do ano passado.

"Levando em conta todos os fatores, a arrecadação de impostos encara uma situação sombria em 2019. Vai haver grande pressão para manter o equilíbrio orçamentário", admite o relatório do Ministério da Fazenda.

O próprio primeiro-ministro Li Keqiang acrescentou ao relatório: "Vamos enfrentar tarefas pesadas, muitos desafios e grandes demandas."

As autoridades chineses querem manter o crescimento econômico, que legitima a ditadura do Partido Comunista, o que impede reformas fundamentais. Há uma abundância de capital que acaba sendo investido em estatais que de outra forma estariam condenadas.

No ano passado, o governo Donald Trump impôs sobretaxas sobre importações chinesas no valor de US$ 250 bilhões por ano. Os objetivos são reduzir o déficit comercial, a manipulação cambial, a pirataria industrial e os subsídios concedidos pelo governo da China a suas empresas. Há expectativa de um acordo a ser anunciado em breve.

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