Por 3 a 2, a Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos revogou uma regra básica de operação da rede mundial de computadores que obrigava os provedores de serviços a tratar todo o tráfego de dados via Internet da mesma maneira, sem dar prioridade, por exemplo, a quem estiver disposto a pagar mais. A partir de agora, poderão acelerar, retardar ou bloquear o tráfego.
É mais uma regulamentação do governo Barack Obama (2009-17) eliminada sob o presidente Donald Trump. Os republicanos afirmam que a medida vai revitalizar a economia da banda larga, beneficiando os consumidores ao oferecer mais opções e preços menores.
A votação seguiu a orientação partidária dos membros da comissão. Para o presidente da CFC, Ajit Pai, idealizador da nova regulamentação, a chave do sucesso será "a transparência - a ideia de que os consumidores saibam exatamente o que estão pagando."
Do lado de fora, ativistas que veem numa Internet neutra e aberta um instrumento poderoso da democracia e da igualdade de oportunidades protestaram. Eles alegam que a nova regulamentação tende a aumentar os preços e balcanizar a rede, criando nichos que não se comunicam.
Os grandes vencedores são empresa como AT&T, Comcast e Verizon, que poderão cobrar mais caro de usuários e empresas de maior poder aquisitivo para acelerar suas mensagens. Perdem companhias como o Google, a Amazon, o Netflix e o Facebook. Temem que os provedores cobrem tarifas elevadas ou deem prioridade a seu próprio conteúdo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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3 comentários:
Trump, EUA sem máscara, não é diferente dos outros fantoches do capital Internacional que ocupam a chefia do executivo ianque...Mais um, só que mais autêntico, no simulacro de democracia norte-americana, o gozado que os mesmos jornalistas amestrados (quase todos são amestrados) chamam vários Presidentes pelo mundo afora de ditador, mas se atiram aos pés de Obamas , Clintons & cia...
Os EUA são a mais antiga democracia da história. Têm presidentes eleitos há cada quatro anos. Há países muito mais democráticos como Noruega, Finlândia, Dinamarca e Nova Zelândia. Com o crescimento da importância da China, a democracia está em recesso. Nos anos 1990s, pela primeira vez na história da humanidade, a maior parte da população mundial vivia sob regimes democráticos, entendidos aqui como aqueles com governos eleitos em eleições competitivas. Trump é claramente admirador de ditadores como Putin and Xi Jinping, porque eles têm o poder que Trump gostaria gostaria de ter, e repudia outros como Ali Khamenei e Nicolás Maduro.
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