O candidato centrista François Bayrou, que foi ministro do presidente Nicolas Sarkozy, não quis apoiar formalmente nenhum candidato no segundo turno da eleição presidencial da França, mas anunciou que vai votar no oposicionista François Hollande.
É mais um golpe na candidatura Sarkozy. Depois de um debate quente há dois dias, marcado por acusações de parte a parte, sem vitória nítida para nenhum dos dois na opinião inicial dos analistas, Hollande mantém a vantagem. Mas, na última pesquisa do Ifop (Instituto Francês de Opinião Pública), ela caiu para quatro pontos percentuais. Isso indica que o debate ajudou o presidente.
Bayrou ficou insatisfeito com a pregação anti-imigrantes adotada por Sarkozy para tentar captar os votos da extrema direita. No primeiro turno, a líder neofascista Marine Le Pen teve 18% dos votos e o centrista, 9%. O presidente precisa de uma parcela significativa desses votos para ser reeleito.
A pesquisa, feita antes do pronunciamento de Bayrou, indica que 55% dos eleitores de Le Pen e votarão em Sarkozy e apenas 19% no socialista, enquanto 37% dos eleitores de Bayrou inclinavam-se pelo presidente e 31% para Hollande. O socialista deve receber 81% dos votos que no primeiro turno foram para Jean-Luc Mélanchon, da Frente de Esquerda.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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