sábado, 12 de fevereiro de 2011

Poder real vira poder popular no Egito

Foram os jovens da era da informação que conspiraram silenciosamente via Internet contra um ditador que se aferrava ao poder há 30 e queria fazer do filho o sucessor.

Dia após dia, desde 25 de janeiro de 2011, eles se reuniram numa praça chamada Libertação.

No primeiro dia, eram apenas 20 mil. O governo reagiu com jatos d'água, gás lacrimogênio e mais de 500 prisões. Quando bloqueou a Internet, os manifestantes tocaram fogo na sede do Partido Nacional Democrático (PND).

Mubarak nomeou um vice-presidente. O Egito não tinha vice desde que ele tinha passado de vice a presidente depois do assassinato de Anuar Sadat, em 1981. Mas escolheu Omar Suleiman, um general reformado, ex-chefe do serviço secreto, uma figura política odiada no país.

No fim de janeiro, já havia cem mortos. Em 1º de fevereiro, um milhão saíram à rua. Mubarak prometeu na televisão estatal que não seria candidato à reeleição, em setembro. Era tarde.

O dia seguinte foi o mais violento. A tropa de choque do governo invadiu a praça com cavalos e camelos. Mas a multidão ficou firme. Mubarak tinha perdido as rédeas do poder.

Sua queda é um alerta para todos os ditadores: seus inimigos conspiram, no Facebook e no Twitter, pela vitória da liberdade.

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