Foram os jovens da era da informação que conspiraram silenciosamente via Internet contra um ditador que se aferrava ao poder há 30 e queria fazer do filho o sucessor.
Dia após dia, desde 25 de janeiro de 2011, eles se reuniram numa praça chamada Libertação.
No primeiro dia, eram apenas 20 mil. O governo reagiu com jatos d'água, gás lacrimogênio e mais de 500 prisões. Quando bloqueou a Internet, os manifestantes tocaram fogo na sede do Partido Nacional Democrático (PND).
Mubarak nomeou um vice-presidente. O Egito não tinha vice desde que ele tinha passado de vice a presidente depois do assassinato de Anuar Sadat, em 1981. Mas escolheu Omar Suleiman, um general reformado, ex-chefe do serviço secreto, uma figura política odiada no país.
No fim de janeiro, já havia cem mortos. Em 1º de fevereiro, um milhão saíram à rua. Mubarak prometeu na televisão estatal que não seria candidato à reeleição, em setembro. Era tarde.
O dia seguinte foi o mais violento. A tropa de choque do governo invadiu a praça com cavalos e camelos. Mas a multidão ficou firme. Mubarak tinha perdido as rédeas do poder.
Sua queda é um alerta para todos os ditadores: seus inimigos conspiram, no Facebook e no Twitter, pela vitória da liberdade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário