Depois de mais uma revolução numa ex-república soviética, o governo provisório do Quirguistão prometeu realizar novas eleições em seis meses. Mas o presidente Kurmanbek Bakiev, que está em local ignorado, se recusa a renunciar ao cargo.
A revolução chegou hoje à cidade de Och, para onde Bakiev teria fugido ontem. Uma multidão marchou do centro da cidade até a sede do governo regional. Quadros com a foto oficial de Bakiev, foram quebrados e jogados pela janela. Sua foto foi rasgada e pisoteada. A casa de Bakiev foi incendiada.
Na principal praça de Bichkek, a capital do país, a bandeira do Quirguistão foi hasteada a meio-mastro. A sede da Procuradoria-Geral foi incendiada e o Parlamento vandalizado. Pelo menos 75 pessoas morreram e 300 estão hospitalizadas.
Centenas de lojas foram saqueadas. Os lixeiros começaram a removar o lixo deixado pela revolução, mas a situação no país ainda é caótica.
Como líder do novo governo, a ex-ministro do Exterior Roza Otunbaieva declarou que o governo Bakiev acabou, é culpado pelas mortes e só resta ao presidente deposto renunciar ao cargo.
O governo provisório prometeu manter o acordo com os Estados Unidos, que têm uma base militar no país por onde abastecem as forças americanas no Afeganistão.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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