segunda-feira, 2 de março de 2009

Militares matam presidente da Guiné-Bissau

Em um clima de caos e anarquia neste pequeno país da África portuguesa sequestrado por máfias colombianas do tráfico de cocaína, soldados mataram na madrugada de segunda-feira, 2 de março de 2009, o presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo Nino Vieira.

Aparentemente foi uma vingança pela morte, horas antes, do comandante do Exército. O general Batista Tagme Na Wai foi morto numa explosão na noite de domingo.

Por volta das 5h, um grupo de soldados atacou a casa do presidente, que morreu ao tentar fugir. Durante algumas horas, houve tiroteio em Bissau, a capital do país.

O Exército negou que esteja em marcha um golpe de Estado, declarando que o assassinato do presidente João Bernardo Vieira foi obra de um "grupo isolado" e que a Presidência deve ser ocupada pelo presidente do Parlamento, nos termos da Constituição.

A mulher de Bernardo Vieira se refugiou na Embaixada de Angola em Bissau.

Pequena e pobre, situada no extremo oeste da África, a Guiné-Bissau se tornou numa rota importante do tráfico de drogas das máfias colombianas para a Europa.

Tanto o presidente quanto o general Tagme Na Wai eram suspeitos de ligações com o tráfico de drogas.

Vieira tinha 69 anos. Foi ditador de 1980 a 1999. Afastado em meio a uma guerra civil, voltou como presidente eleito em 2005.

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