terça-feira, 2 de maio de 2006

Um dia sem imigrantes trabalhando nos EUA

Centenas de milhares de imigrantes deram uma manifestação de força ontem nos Estados Unidos, faltando ao trabalho e participando de grandes marchas de protesto contra uma lei em discussão no Congresso que permitiria expulsar do país todos os ilegais.

A ira dos manifestantes se dirigiu principalmente contra uma lei aprovada na Câmara que aumenta a segurança na fronteira e transforma em crime estar ilegalmente no país ou ajudar um imigrante ilegal. Eles defendem um projeto mais liberal em discussão no Senado, com apoio do presidente George W. Bush, que aumenta a vigilância na fronteira mas cria a figura dos trabalhadores convidados. Teriam tempo de permanência fixado e eventualmente poderiam conseguir a cidadania americana.

Há cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais nos EUA. A grande maioria dos manifestantes era latina mas americanos de outras etnias e ideologias juntaram-se às manifestações, como o movimento gay, grupos de defesa dos direitos humanos e outros ativistas sociais.

Mas grupos nacionalistas de direita protestaram: "Quando a lei é ditada por uma multidão de ilegais que tomam as ruas, especialmente sob uma bandeira estrangeira, isto significa que a nação não é governada pela democracia. É a lei da malta", reclamou Jim Gilchrist, fundador do Projeto Minutemen, que patrulha voluntariamente a fronteira com o México.

Sem funcionários, diversas lojas e restaurantes não abriram em Los Angeles, Chicago e Nova Iorque. Uvas, tomates e alfaces não foram colhidas na Califórnia e no Arizona, responsáveis por metade da produção americana destes produtos.

Um comentário:

CFagundes disse...

O filme de ficção "Um dia sem mexicanos" é um protesto cômico.
Será que o protesto de ontem foi visto com seriedade?