quinta-feira, 2 de maio de 2024

Hoje na História do Mundo: 2 de Maio

COMPRA DA LOUISIANA

    Em 1803, os Estados Unidos compram da França o território da Louisiana, de 2,144 milhões de quilômetros quadrados, que inclui a bacia dos rios Missouri e Mississípi, por US$ 27,267 milhões. O vale é explorado por navegantes franceses.

Thomas Jefferson, o terceiro presidente dos EUA, instrui o embaixador na França a procurar o ministro Charles-Maurice de Talleyrand, do governo Napoleão Bonaparte e negociar a compra da Louisiana.

O fracasso na colonização de São Domingos, a ilha de Hispaniola, a iminência de uma nova guerra com o Reino Unido e problemas financeiros levaram Napoleão a oferecer a Louisiana aos EUA. O embaixador que fecha o acordo é o futuro presidente James Monroe.

JOVEM PRIMEIRO-MINISTRO 

    Em 1997, depois de 18 anos de governos conservadores, Tony Blair leva o Partido Trabalhista de volta ao poder no Reino Unido, se torna o mais jovem primeiro-ministro britânico desde 1812 e fica 10 anos no cargo, o maior período contínuo desde 1827 depois de Margaret Thatcher (1979-90).

Anthony Charles Lynton Blair nasce em Edimburgo, na Escócia, em 6 de maio de 1953. Filho de advogado, estuda num colégio de elite da cidade. Tem pouco interesse em política até conhecer sua futura mulher, Cherie Booth. É roqueiro na juventude, se forma em direito na Universidade de Oxford em 1975, quando entra para o Partido Trabalhista. No ano seguinte, torna-se advogado especialista em direito sindical.

Depois de chegar em terceiro lugar numa eleição em 1982, Blair se elege para o Parlamento Britânico nas eleições gerais de 1983 com a vitória num distrito historicamente trabalhista. Ele é nomeado pelo líder do partido, Neil Kinnock, para o governo paralelo da oposição em 1988. Um novo líder, John Smith, o indica em 1992 para ministro do Interior do governo paralelo, o que significa ser porta-voz da oposição para as questões desse ministério.

Com a morte de John Smith, Blair vence a eleição para líder do partido em maio de 1994. durante o governo conservador de John Major (1990-97), que sucede a Margaret Thatcher (1979-90).

Como líder do partido, Blair lança o neotrabalhismo, que incorpora vários mecanismos de mercado e abole a Cláusula 4 do estatuto do partido, que prevê "a propriedade coletiva dos meios de produção, distribuição e comercialização para adequar o trabalhismo a uma nova realidade do mundo pós-Guerra Fria.

Blair se torna o mais jovem primeiro-ministro britânico do século 20 com a maior vitória do Partido Trabalhista. Antes, reduz a ligação com os sindicatos, defende a livre empresa, o combate à inflação, a linha dura no combate ao crime e a integração do Reino Unido à União Europeia.

No governo, Blair cria um salário mínimo nacional, aumenta os gastos com saúde e educação, começa a cobrar anuidade nas universidades, decentraliza a administração pública com a recriação do Parlamento da Escócia e de assembleias no País da Gales e na Irlanda do Norte depois do Acordo da Sexta-Feira Santa, que acabou com 30 anos de guerra civil.

Em política externa, sob Blair, o Reino Unido participou de intervenções militares no Kossovo em 1999 e em Serra Leoa no ano 2000. A aliança incondicional aos Estados Unidos na Guerra contra o Terror declarada pelo presidente George W. Bush depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, três meses depois do início de seu segundo mandato, e especialmente a participação na invasão do Iraque são a ruína de Tony Blair.

O governo chegou a afirmar diante da Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico que o Iraque tinha condições de preparar um ataque com armas químicas ou biológicas

Em 27 de junho de 2007, ele renuncia à liderança do partido e à chefia do governo. Passa do poder para o ministro das Finanças, Gordon Brown, que há muito tempo esperava esta oportunidadeiTodos os governos que participam da invasão do Iraque são derrotados nas urnas.  

EUA MATAM BEN LADEN

    Em 2011, quase dez anos depois dos atentados contra Nova York e o Pentágono, um comando de elite da Marinha dos Estados Unidos mata o terrorista saudita Ossama ben Laden, líder da rede terrorista Al Caeda (A Base), no seu esconderijo em Abotabade, no Paquistão.

Quando a União Soviética invade o Afeganistão, em 26 de dezembro de 1979, os Estados Unidos, a Arábia Saudita, a China e o Paquistão se unem para apoiar a resistência afegã. Ben Laden é um dos enviados do reino saudita para arregimentar os chamados árabes afegãos.

A URSS está derrotada em 1988, quando Ben Laden cria a rede Al Caeda para levar a guerra santa islâmica a todos os conflitos com muçulmanos envolvidos.

A rede terrorista Al Caeda é assim um detrito da Guerra Fria. Criada para fazer do Afeganistão o Vietnã da URSS, alimentada pelos EUA, volta-se contra o Ocidente.

Com a retirada soviética, em 1989, o governo-fantoche de Mohammed Najibullah resiste até 1992, quando é vencido pelos rebeldes muçulmanos. Começa um período de anarquia.

Para defender os princípios do Islã num ambiente de anarquia, marcado pelo crime, a violência e a morte, nasce em 1994, com o apoio do serviço secreto militar do Paquistão, a Milícia dos Talebã (Estudantes), a maioria doutrinados nas madraças, as escolas religiosas paquistanesas onde só se ensina o Corão. Eles tomam o poder em Cabul em 1996 e abrigam acampamentos e centros de treinamento d'al Caeda.

Em 1998, depois de atentados terroristas contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, o governo Bill Clinton (1993-2001) bombardeia bases d'al Caeda no Afeganistão.

A resposta vem num atentado contra o navio norte-americano USS Cole, no ano 2000, e nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, quando Al Caeda leva as guerras do Grande Oriente Médio para o território dos EUA. Ben Laden comenta que não esperava que as Torres Gêmeas desabassem, só que queimassem do ponto de impacto para cima.

Os EUA invocam o art. 5 da Carta da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e atacam o Afeganistão com o apoio de uma força internacional em 7 de outubro de 2001. O regime fundamentalista muçulmano cai em três semanas.

Na Batalha de Tora Bora, de 6 a 17 de dezembro de 2001, os EUA chegam a cercar a liderança da rede Al Caeda num complexo de cavernas no Leste do Afeganistão, mas Ben Laden consegue escapar para o Paquistão.

Depois de anos, Ben Laden é localizado numa mansão superprotegida em Abotabade, cidade-sede da Academia Militar do Paquistão.

O ataque começa a uma da madrugada. Dois helicópteros Falcão Negro transportam 23 soldados de elite do comando SEALs da Marinha dos EUA até o complexo. Em 40 minutos, cinco pessoas são mortas, inclusive Ben Laden e um filho adulto. Um helicóptero se acidenta, mas ninguém sai ferido. Os soldados norte-americanos levam documentos e computadores.

O cadáver de Ben Laden é levado para confirmar a identidade no Afeganistão e jogado no Mar da Arábia.

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