sábado, 4 de abril de 2015

Dissidentes cubanos pedirão abertura política na Cúpula das Américas

Vários grupos de dissidentes cubanos pretendem apresentar uma "mensagem de unidade" pedindo abertura política no país na 7ª Reunião de Cúpula das Américas, a ser realizada em 10 e 11 de abril de 2014 na Cidade do Panamá. Suas propostas incluem uma nova lei eleitoral e uma nova lei de associação e partidos políticos, revela o jornal Latin American Herald Tribune.

"É óbvio que uma sociedade civil enérgica só é possível onde a independência dos cidadãos é reconhecida e seus direitos e liberdades respeitados", declararam os dissidentes em comunicado conjunto ontem em Havana.

Seu objetivo é obter reconhecimento da "legitimidade de uma sociedade civil cubana independente na ilha e no exterior como representante válida do povo cubano", acrescentou Manuel Cuesta Morúa, do Arco Progressista.

Outros grupos dissidentes como a União Patriótica de Cuba, liderada por José Daniel Ferrer, e a Frente Antitotalitária, de Guillerme Fariñas, participam do movimento. O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional de Cuba, Elizardo Sánchez, também vão ao Panamá. As Damas de Branco não se associaram porque sua líder, Berta Soler, está no exterior.

Há uma expectativa de que os Estados Unidos e Cuba aproveitem a Cúpula das Américas para selar o restabelecimento oficial de relações diplomáticas, com a abertura de embaixadas, num processo de reatamento iniciado em dezembro com declarações dos presidentes Barack Obama e Raúl Castro, que vão se encontrar no Panamá.

O maior obstáculo é a exigência cubana de fim do embargo econômico em vigor desde 1962, em retaliação pela desapropriação das propriedades de americanos na ilha depois da revolução comunista liderada por Fidel Castro.

Desde 1991, quando o fim da União Soviética não levou a uma abertura democrática em Cuba, o embargo é lei aprovada pelo Congresso dos EUA. Com base na lei atual, só pode ser revogado quando houver eleições democráticas em Cuba.

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