quarta-feira, 4 de março de 2015

China reduz meta de crescimento para 7% em 2015

Ao fazer um balanço da economia da China na abertura da sessão anual do Congresso Nacional do Povo, o primeiro-ministro Li Keqiang anunciou nesta quinta-feira uma nova meta para o crescimento do país: 7% em 2015. No ano passado, a meta era 7,5%. O resultado oficial de 2014 ficou em 7,4%, a menor taxa em 24 anos.

"O desenvolvimento econômico da China entrou numa nova normalidade", declarou o primeiro-ministro Li. "Problemas estruturais, institucionais e sistêmicos se transformaram em 'tigres no caminho' travando o desenvolvimento. Sem fazer reformas profundas e ajustes econômicos estruturais, teremos dificuldades para manter um desenvolvimento sustentado saudával."

A economia chinesa, de US$ 9,88 trilhões no fim de 2014, pode ter superado os Estados Unidos no ano passado pelo critério de paridade do poder de compra adotado pelo Banco Mundial, tornando-se a maior do mundo.

Agora, enfrenta o desafio de se reorientar do mercado internacional para o consumo interno. Os sucessivos cortes de juros e a inflação de 1,6% ao ano são indicadores da desaceleração da economia que mais cresceu no mundo nos últimos 35 anos.

Depois de décadas de crescimento acelerado, há outras preocupações no ar, a poluição causada por uma industrialização sem freios, ar puro, água limpa, melhores escolas e a previdência social.

Para traduzir seu crescimento poder econômico em poderio militar, o orçamento das Forças Armadas vai aumentar em 10,1% para US$ 145 bilhões, revelou o primeiro-ministro chinês. É o segundo maior do mundo, mas ainda é cerca de quatro vezes menor do que o orçamento militar dos EUA.

O presidente Xi Jinping promove uma onda de expurgos a pretexto de combater a corrupção, que está reestruturado os serviços secretos e agora investiga 14 generais do Exército Popular de Libertação. É uma manobra política para consolidar seu poder sobre o partido e as Forças Armadas.

Quando a crise econômica vier, e um dia virá, o poder absoluto do Partido Comunista será questionado.

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