quinta-feira, 5 de junho de 2014

Eurozona cresce pouco e está à beira da deflação

A revisão dos dados do produto interno bruto do primeiro trimestre de 2014 confirmou o fraco crescimento dos 18 países da Zona do Euro, que avançou apenas 0,2%, o mesmo resultado da estimativa anterior, informou ontem o Eurostat, escritório oficial de estatísticas da União Europeia.

O crescimento do fim de 2013 foi elevado de 0,2% para 0,3%, Como um todo, a UE avançou 0,3%, depois de crescer 0,4% no fim do ano passado. Nos últimos 12 meses, a Eurozona acumulou alta de 0,9% no PIB, enquanto toda a UE crescia 1,4%.

Enquanto o consumo das famílias e o o investimento sustentaram o crescimento débil da Eurozona, o comércio exterior deu uma contribuição negativa de 0,2%. As exportações avançaram 0,3%, mas as importações cresceram mais, 0,8%.

Entre os países-membros, só a Alemanha apresentou uma expansão robusta, de 0,8% de janeiro a março, reafirmando-se como locomotiva da Europa. As maiores quedas foram na Holanda (-1,4%), Estônia (-1,2%) e Portugal (-0,7%).

Na França, onde o PIB encolheu 0,2%, os últimos números da empresa de consultoria e pesquisas Markit indicam uma contração da atividade privada no mês de maio. "Depois da estagnação do PIB no primeiro trimestre, a economia francesa não parece por ora ter entrado no caminho da retomada no segundo trimestre", observou Jack Kennedy, economista da Markit.

Os preços dos produtos industriais na Eurozona recuaram 0,1% em abril depois de uma baixa de 0,2% em março de 2014. Em um ano, a deflação no setor industrial é de 1,2%. Com a queda da inflação de 0,7% para 0,5% em abril, uma luz de alerta vermelho se acendeu no Banco Central Europeu, que pode adotar políticas de estímulo ao crescimento e à geração de emprego.

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