domingo, 3 de fevereiro de 2013

Terror mata mais 35 no Norte do Iraque

Um atentado terrorista suicida com carro-bomba seguido da ação de um atirador contra a chefiatura de polícia da cidade de Kirkuk, no Norte do Iraque, matou pelo menos 35 pessoas e feriu outras dezenas hoje.

Kirkuk fica 240 quilômetros ao norte da capital. É a capital de uma província rica em petróleo disputada por árabes e curdos. No mês passado, dezenas de pessoas foram mortas em ataque contra órgãos públicos.

Com a dissolução do Império Otomano (turco) no fim da Primeira Guerra Mundial, os Impérios Francês e Britânico redesenharam o mapa do Oriente Médio.

O então subsecretário do Exterior britânico Winston Churchill juntou a província de Kirkuk, rica em petróleo às províncias de Bagdá e Bássora, para criar um Iraque forte capaz de se contropor ao Irã. A promessa de criação de uma pátria para o povo curdo, o Curdistão, foi adiada.

Até hoje, os cursos são o maior povo sem pátria, cerca de 40 milhões de pessoas distribuídas entre a Turquia, a Síria, o Iraque e o Irã. Há pelo menos dois anos, o governo regional autônomo curdo e o governo central disputam o controle sobre as jazidas de petróleo do Curdistão iraquiano.

Em novembro, o governo regional curdo mobilizou tropas e tanques para garantir sua reivindicação sobre Kirkuk, aumentando ainda mais a tensão, observa a televisão americana CNN.

O atual conflito é mais um sinal do sectarismo crescente do primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki, que se mostra incapaz de resolver os problemas entre os diferentes grupos étnicos e religiosos do Iraque. Está em conflito tanto com os árabes sunitas quanto com os curdos.

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