domingo, 3 de fevereiro de 2013

General golpista morre em acidente aéreo no Paraguai

O general golpista Lino Oviedo, candidato à Presidência do Paraguai em 21 de abril de 2013 pelo partido União Nacional dos Cidadãos Éticos (no estilo Renan Calheiros), morreu na queda de um helicóptero depois de participar de um ato político ontem à noite no Departamento de Concepción, ao norte da capital, Assunção.

Uma comitiva especial de militares e policiais foi ao local do acidente, mas só encontrou o helicóptero caído e três corpos carbonizados.

Oviedo participou da conspiração para derrubar o ditador Alfredo Stroessner, deposto em fevereiro de 1989 depois de governar o Paraguai por 45 anos. Desde então, é uma figura de destaque da política paraguaia, acusada em várias tentativas de golpe. Foi comandante do Exército de 1993 a 1996. Caiu sob acusação de tramar um golpe contra o presidente Juan Carlos Wasmosy.

Em 1999, o general foi acusado de ser o mandante do assassinato do então vice-presidente Luis María Argaña e de massacres contra protestos populares que levaram à renúncia do presidente Raúl Cubas. Ele foge para a Argentina e se exila no Brasil, que se nega a extraditá-lo.

Do exílio, Oviedo teria conspirado contra o presidente interino González Macchi, em 2000. Depois de cinco anos fora do país, ele voltou ao Paraguai. Preso, cumpriu pena até setembro de 2007.

Em 2008, perdeu a eleição presidencial para Fernando Lugo, afastado num golpe branco em 2012 que teve o apoio de Oviedo. Agora, mais uma vez, o general sonhava em chegar à Presidência.

O governo paraguaio prometeu convidar especialistas estrangeiros para participar da investigação a fim de que não pairem dúvida sobre a morte do general Oviedo.

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