Depois de intensas negociações, o líder da Nova Democracia, partido vencedor das eleições parlamentares de ontem, Antonis Samaras, desistiu de formar num novo governo na Grécia. Seu partido de centro-direita e o Partido Socialista Pan-Helênico (Pasok), que dominam a política do país desde a redemocratização, em 1974, somados tiveram pouco mais de 30% dos votos.
Os dois partidos tradicionais foram punidos pelo eleitorado grego pela pior crise econômica da história recente do país. No quinto ano seguido de recessão, o produto interno bruto da Grécia recuou 20% e o desemprego já passa de 21%, com metade dos jovens desempregados.
A incumbência de formar o novo governo passa agora à aliança esquerdista Syriza, que ficou em segundo lugar, é contra o ajuste fiscal negociado com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), mas a favor de continuar usando o euro como moeda.
Por volta do meio-dia pelo horário de Brasília, o líder do Pasok e ex-ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, fez um apelo aos partidos pró-europeus para que se unam, formem um governo e negociam melhores condições para equilibrar as contas públicas.
Se o impasse político não for resolvido, a Grécia deve realizar novas eleições em breve.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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