quinta-feira, 5 de abril de 2012

Proposta da esquerda francesa custa 100 bi de euros

O programa de governo do candidato da Frente de Esquerda à Presidência da França, Jean-Luc Mélenchon, custaria 100 bilhões de euros (R$ 239 bilhões) ao país, estima o Instituto da Empresa, uma organização financiada pelo setor privado.

Mélenchon, que reuniu dezenas de milhares de pessoas num comício na Praça da Bastilha no mês passado, disputa o terceiro lugar com a candidata de extrema direita, Marine le Pen. Conseguiu unir a extrema esquerda, algo raríssimo na História da França.

Também é o responsável pela queda do socialista François Hollande, que ainda é o favorito para o segundo turno, mas foi superado pelo presidente Nicolas Sarkozy nas pesquisas sobre o primeiro turno.

Entre as propostas da Frente de Esquerda, que inclui o Partido Comunista Francês, estão aposentadoria com salário integral aos 60 anos, o que exigiria 27 bilhões de euros, e reembolso de 100% das despesas com saúde, com custo estimado entre 23 e 76 bilhões de euros por ano.

Para dobrar o investimento público em pesquisa, serão necessários mais 13,9 bilhões de euros. O ensino superior receberia mais 2,7 a 5,6 bilhões. A recontratação de professores demitidos custaria outros 2 bilhões.

Como a dívida pública francesa se aproxima de 90% do produto interno bruto, com tendência de alta, é difícil imaginar como financiar os sonhos da esquerda.

Por isso, ao lançar seu programa, o presidente Nicolas Sarkozy se apresentou hoje como o único candidato capaz de manter a estabilidade econômica e evitar que a França tenha o mesmo destino de alguns "amigos europeus", que não nomeou para não agravar ainda mais a crise das dívidas públicas da Zona do Euro.

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