A Irmandade Muçulmana, o partido islamita que venceu as primeiras eleições parlamentares livres da História do Egito e detém 38% das cadeiras da nova Assembleia Nacional, ameaça revisar o tratado de paz assinado em 1979 com Israel, se os Estados Unidos cortarem a ajuda anual de US$ 1,5 bilhão ao país.
O governo Barack Obama advertiu que poderia suspender a ajuda por causa de processos contra americanos acusados de subversão por trabalhar em organizações não governamentais que ensinaram os egípcios a usar a Internet como arma política.
Pelo menos dois senadores apresentaram projetos nesse sentido ao Congresso dos EUA. Ontem, a Comissão de Relações Exteriores realizou uma audiência para discutir a questão, informa o jornal The New York Times.
O acordo de paz de Camp David foi assinado pelo primeiro-ministro israelense Menachem Begin e o presidente egípcio Anuar Sadat, sob mediação do então presidente americano Jimmy Carter. Sadat pagou com a vida, sendo assassinado por extremistas muçulmanos em 6 de outubro de 1981.
Agora, na confusão de uma revolução inacabada, os militares acusam estrangeiros dentro de uma estratégia para atrasar ao máximo a transferência do poder real aos civis, e os partidos islamitas oportunisticamente se voltam contra um acordo de paz que sempre rejeitaram mas não têm força para derrubar.
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