domingo, 6 de novembro de 2011

FARC prometem manter luta armada na Colômbia

Apesar da morte de seu segundo comandante supremo em três anos, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia prometem continuar a luta armada para impor uma ditadura comunista ao país.

Depois da morte de Guillermo León Sáenz Vargas, que adotava o nome de guerra de Alfonso Cano, o presidente Juan Manuel Santos fez um apelo pela desmobilização da guerrilha, advertindo que a alternativa para quem continuar lutando é a prisão ou o cemitério.

"A paz na Colômbia não virá de nenhuma desmobilização da guerra, mas da abolição definitiva das causas que geraram seu nascimento. Há uma política traçada que vai continuar", afirma um comunicado divulgado pelo Secretariado das FARC.

Quando o líder histórico das FARC, Manuel Marulanda, o Tiro Certeiro, morrreu do coração em 2008, Cano era o ideólogo do grupo. Ele venceu a disputa sucessória com o comandante militar conhecido como Mono Jojoy, que morreu em 2010.

Agora, não restou nenhuma figura carismática, mas as FARC não desistem: "Não será a primeira vez que os oprimidos e explorados da Colômbia choram a morte de um de seus grandes dirigentes. Nem a primeira vez que o substituirão com a coragem e a convicção absoluta da vitória".

Só mesmo um grupo que está há 40 anos se escondendo na selva amazônica para produzir um texto tão delirante diante da derrota.

Para o professor Rogelio Núñez, da Universidade Camilo José Cela, em Madri, na Espanha, o maior temor é que as FARC se engajem numa guerra de guerrilhas urbanas que dificularia "um acordo geral de desmobilização".

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