quarta-feira, 5 de outubro de 2011

FMI adverte para o risco de nova recessão mundial

O Fundo Monetário Internacional advertiu hoje que, se os líderes da Europa não resolverem logo e decisivamente a crise das dívidas públicas na Zona do Euro, há um sério risco de uma nova recessão mundial em 2012.

Entre outras providências, o FMI defende um corte nas taxas básicas de juros do Banco Central da Europa e medidas extraordinárias para garantir a oferta de dinheiro a longo prazo.

Em Bruxelas, a vacilante chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, sempre receosa em usar dinheiro público por causa da rejeição do contribuinte alemão, declarou hoje ser a favor da recapitalização dos bancos. O megaespeculador George Soros já disse que eles deveriam ser subordinados temporariamente ao BCE como garantia contra o colapso do sistema financeiro.

A Grécia, a Irlanda e Portugal receberam empréstimos de emergência do FMI e da União Europeia, mas o plano de ajuda aos gregos se revelou insuficiente. O risco agora é de contágio de grandes economias, como a Itália e a Espanha.

Com a expectativa de um calote grego nas próximas semanas, se o país não receber uma parcela de 8 bilhões de euros de ajuda, os bancos europeus estão fragilizados. Ontem, os governos da França e da Bélgica foram obrigados a socorrer o banco Dexia, que já tinha recebido 8,5 bilhões de euros em 2008.

A situação foi comparada à quebra do banco Bear Stearns, socorrido em março de 2008, seis meses antes do colapso do Lehman Brothers, que deflagrou o pior momento da crise financeira internacional. Mais uma vez, o risco é que os bancos parem de receber empréstimo por dúvidas sobre sua capacidade de pagar.

Hoje as bolsas de valores da Europa fecharam em alta, na esperança de que serão tomadas medidas para capitalizar os bancos e evitar uma nova paralisação do sistema de crédito interbancário, como ocorreu há três anos. Por enquanto, é apenas uma esperança, já que os líderes europeus não chegaram a um acordo sobre o que fazer.

O FMI pediu pressa.

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