quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Brasil se omite na Síria como fez na Líbia

A ditadura da Síria matou 2,9 mil pessoas desde o início de uma revolta popular pela democracia, em 15 de março de 2011, mas o Brasil insiste em se omitir e "pedir cautela".


Em entrevista publicada hoje no Estado de S. Paulo, o assessor especial para política externa da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, defende a omissão do governo brasileiro, que se absteve de votar na semana passada a favor do projeto de resolução condenando a ditadura da Síria no Conselho de Segurança das Nações Unidas. A proposta foi rejeitada com vetos de China e da Rússia.


O Brasil se omite criminosamente na Síria como se omitiu no caso líbio. Se dependesse de Garcia e do ministro Antonio Patriota, o coronel Muamar Kadafi teria carta branca para massacrar os rebeldes, como Bachar Assad vem fazendo na Síria com a cumplicidade de ditaduras como a China e a Rússia.


Mais uma vez, o Brasil está na contramão da História, da luta pela liberdade e a democracia, apesar do compromisso da política externa com os direitos humanos expresso na Constituição.


O governo Dilma Rousseff pede cautela. Esqueceu-se de combinar com mais um ditador amigo.

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