Uma organização de defesa dos direitos da mulher e um deputado democrata estão lançando uma campanha nos Estados Unidos para aprovar a Lei de Proteção às Meninas.
O objetivo é impedir que meninas e mulheres jovens residentes nos EUA sejam submetidas à mutilação genital feminina em viagens a seus países de origem, na África e na Ásia.
A excisão ou circuncisão feminina é uma prática tradicional de algumas sociedades primitivas que extirpa o clitóris e parte dos lábios vaginais da mulher, fazendo com que ela não tenha orgasmo sexual e assim não traia o marido.
Há 14 anos, a excisão é proibida nos EUA. Mas a organização não governamental Igualdade Agora e Santuária para a Família alegam que muitas jovens viajam em férias sem saber que suas famílias pretendem submetê-las à mutilação dos órgãos genitais no exterior.
A ONG estima que 168 mil meninas e mulheres residentes nos EUA tiveram o órgão genital mutilado no exterior desde que a proibição foi aprovada, em 1996. Quem consegue escapar sofre discriminação da família.
Agora, o deputado Joseph Crowley vai apresentar o projeto da Lei de Proteção às Meninas para processar criminalmente os responsáveis, que poderão pegar até cinco anos de prisão.
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