As pesquisas indicam que nenhum partido deve ter maioria absoluta. Pela primeira vez desde 1974, o país pode ter um governo de coalizão. O mercado financeiro está apostando num governo forte do Partido Conservador.
Na véspera, as últimas pesquisas indicaram uma ascensão do governante Partido Trabalhista, talvez por causa da tendência de voto útil.
O eleitorado não acredita na possibilidade de uma vitória do Partido Liberal-Democrata. Isso leva maioria a optar entre os trabalhistas e a oposição conservadora.
Com 35% das preferências, a oposição conservadora elegeria cerca de 300 deputados. Faltariam apenas 26 cadeiras a mais para garantir a maioria absoluta na Câmara dos Comuns do Parlamento Britânico.
Como o sistema eleitoral britânico é distrital com turno único e a Câmara tem 650 cadeiras, vai haver hoje 650 eleições independentes em 650 distritos. Cada um vai eleger um deputado para a Câmara dos Comuns.
Sem segundo turno, uma votação de 35% a 40% costuma garantir a vitória. Desta maneira, um partido com muito menos de 50% da votação pode obter maioria absoluta na Câmara dos Comuns.
Sob a liderança da primeira-ministra Margaret Thatcher (1979-90), os conservadores chegaram no máximo a 49% e tiveram maiorias confortáveis de mais de cem deputados.
Há 13 anos, quando chegaram ao poder com Tony Blair, os trabalhistas tiveram 44% dos votos e uma maioria de mais de 150 deputados.
O líder do Partido Liberal-Democrata, Nick Clegg, foi a sensação da campanha. Mas a tendência ao voto útil atingiu diretamente o terceiro maior partido, que caiu para 24% ontem.
Clegg não se apresenta como o homem-chave para negociar a formação de um governo de coalizão, mas como candidato a primeiro-ministro.
O atual chefe de governo, Gordon Brown, apelou para o medo na reta final da campanha. Afirmou que os cortes de gastos que os trabalhistas prometem fazer para reduzir o déficit público britânico, de 12% do produto interno bruto, vão causar uma revolta social como na Grécia.
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