As autoridades americanas descobriram o suspeito de estacionar um carro-bomba na Times Square, no centro de Nova York, no sábado através do número de telefone que Faisal Shahzad deu ao entrar nos Estados Unidos na volta do Paquistão, revelou o jornal The New York Times.
O número foi usado para comprar o Nissan Pathfinder usado no ataque terrorista fracassado. Antes da tentativa de atentado, recebeu várias ligações do Paquistão.
Quando desativou a bomba e apreendeu o veículo, a polícia precisou abrir o motor para encontrar um número de identificação que não tivesse sido removido.
A partir daí, a investigação identificou a antiga dona do carro, no vizinho estado de Connecticut, onde Shahzad morava. Ela não tinha documentos do negócio, fechado por US$ 1,3 mil em dinheiro vivo, só o telefone do comprador. Era um celular pré-pago não registrado.
Ao chegar o número nos bancos de dados do governo dos EUA descobriram que tinha sido declarado por Shahzad ao voltar ao país, em 3 de fevereiro, depois de passar cinco meses no Paquistão.
Por causa deste pequeno erro, ele não conseguiu escapar sem ser detectado.
Ontem, as autoridades resolveram atualizar a lista de suspeitos de terrorismo proibidos de entrar ou sair do país a disposição de aeroportos e companhias aéreas.
Shahzad conseguiu driblar a segurança. Só não produziu uma tragédia porque sua bomba rudimentar não explodiu. Ele ainda conseguiu comprar uma passagem e embarcar num avião, sendo preso depois das portas terem sido fechadas.
Seu nome entrou na lista de suspeitos na segunda-feira à tarde, mas só era atualizada nos aeroportos e companhias aéreas a cada 24 horas.
A grande questão agora é qual foi o motivo do ataque e quem o treinou. No domingo, a milícia dos talebã do Paquistão reivindicou a autoria do atentado e lamentou que a bomba não tenha explodio. Ontem, recuou, afirmando não haver treinado Faisal Shahzad, talvez para não provocar a ira dos EUA.
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