quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Cristina demite chefe do BC argentino por decreto

A presidente Cristina Kirchner demitiu hoje por decreto o presidente do Banco Central da Argentina, Martín Redrado, que se negou a transferir US$ 6,5 blhões das reservas do país em moedas fortes, de US$ 48 bilhões, para um fundo destinado a pagar a dívida argentina.

Ontem, Cristina Kirchner pressionou Redrado a renunciar ao cargo. Ele rejeitou a pressão e agora promete recorrer à Justiça.

Como o BC argentino é independente por causa das reformas liberais do governo Carlos Menem (1989-99), seu presidente só pode ser afastado por decisão do Congresso, onde o atual governo perdeu a maioria nas eleições parlamentares de meio de mandato, em junho de 2008.

Cristina Kirchner tinha pedido ontem a renúncia de Medrado. Sem sucesso, decidiu afastá-lo por decreto alegando "má conduta" e "não descumprimento dos deveres de funcionário público".

Ao comentar a decisão, Redrado afirmou que vai à Justiça alegando que a decisão é inconstitucional e que pretende "continuar trabalhando pela estabilidade monetária e financeira, e a previsibilidade cambial".

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