quarta-feira, 5 de março de 2008

Uribe denuncia Chávez por apoiar terrorismo

Com base em documentos supostamente apreendidos no acampamento do subcomandante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Raúl Reyes, morto sábado no Equador por um ataque colombiano, o presidente Álvaro Uribe anunciou ontem que vai denunciar o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ao Tribunal Penal Internacional por "patrocinar e financiar o genocídio".

A acusação é furada porque não se trata de genocídio, que é a tentativa de eliminar um povo inteiro. Mas alimenta a tensão no Norte da América do Sul.

De qualquer maneira, se ficar realmente provado que Chávez deu US$ 300 milhões a um grupo terrorista como as FARC inegavelmente são, a denúncia terá peso, ainda que não se trate de um genocídio.

Reyes era o principal negociador da guerrilha colombiana, o que explica em parte a irritação do caudilho venezualeno, que estava tirando partido político de sua mediação na libertação dos reféns seqüestrados pelas FARC depois de perder um plebiscito constitucional e enfrentar uma séria crise interna de desabastecimento.

Na terça-feira, 4 de março, as FARC declararam que Chávez estava negociando um encontro entre Reyes e o presidente da França, Nicolas Sarkozy. Eles discutiriam a libertação da ex-senadora e ex-candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Betancourt, que tem dupla nacionalidade, é franco-colombiana.

Ao contrário de Chávez e do presidente do Equador, Rafael Correa, Uribe não está mandando tropas para a fronteira porque não quer conflitos com os países vizinhos, apenas combater um grupo terrorista.

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