domingo, 4 de novembro de 2007

Paquistão adia eleições e democratização

As eleições parlamentares previstas para janeiro para redemocratizar o Paquistão foram suspensas indefinidamente com base no estado de emergência decretado ontem pelo ditador Pervez Musharraf.

Há mais de cinco meses, os Estados Unidos tentavam articular um processo de transição para a democracia no Paquistão que incluiu negociações entre o general Musharraf e a ex-primeira-ministra Benazir Bhutto.

O segundo golpe de Musharraf, no poder desde 1999, desmoraliza mais uma vez a propalada intenção do governo George Walker Bush de promover a democracia no mundo muçulmano. Deixa os EUA sem opção no único país muçulmano com armas atômicas. É um país-chave na guerra contra o terrorismo dos fundamentalistas islâmicos por ser vizinho do Afeganistão e ter ajudado a criar a milícia dos Talebã.

Em agosto, um telefonema da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, foi suficiente para convencer o ditador a não decretar emergência. Desta vez, Musharraf não cedeu. Isso indica uma perda de influência dos EUA, na opinião do jornal The Washington Post .

É quase "um pesadelo de política externa", comenta hoje o jornal The New York Times.

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