sábado, 26 de outubro de 2024

Hoje na História do Mundo: 26 de Outubro

 GEORGE III AUTORIZA USO DA FORÇA

    Em 1775, seis meses depois do início da Guerra da Independência dos Estados Unidos, o rei George III, do Reino Unido, fala diante das duas câmaras do Parlamento Britânico. Começa lendo a Proclamação da Rebelião e pede uma ação rápida e enérgica contra os colonos norte-americanos. 

"Muitas dessas pessoas infelizes ainda podem ser leais, e talvez não sejam muito inteligentes para não ver as consequências fatais de sua usurpação e desejem resistir; que a onda de violência seja suficientemente forte para compelir sua aquiescência", declara George III.

Ao autorizar o uso da força, o rei faz o que os colonos acreditam que jamais aconteceria: o Império Britânico atacando seus próprios súditos.

A esta altura, a maioria dos colonos permanecia leal à coroa. Em janeiro de 1776, o revolucionário britânico Tom Paine publica o livro Senso Comum, a favor da independência. Em 4 de julho, os colonos proclamam a independência dos Estados Unidos.

BENJAMIN FRANKLIN VAI A PARIS

    Em 1776, Benjamin Franklin viaja para Paris como embaixador para negociar uma aliança com a França na Guerra da Independência dos Estados Unidos (1775-83).

Inventor do para-raio, Franklin, é recebido com honrarias nos círculos científicos e literários de Paris. O governo francês apoia secretamente os colonos. Entende que só deve apoiar abertamente a revolta quando os colonos tiverem chance de vitória.

Depois da vitória dos colonos na Batalha de Saratoga, em 1777, começam as negociações para o Tratado de Amizade e Comércio e o Tratado de Aliança, assinados em 6 de fevereiro de 1778. A guerra termina com o Tratado de Paris, de 3 de setembro de 1783, quando a França e o Reino Unido reconhecem a independência dos EUA.

TIROTEIO EM TOMBSTONE

    Em 1881, os irmãos Earp enfrentam a gangue da Clanton e McLaury num tiroteio histórico em O. K. Corral, na cidade de Tombstone, que se tornara uma das mais ricas cidades mineiras do Sudoeste dos Estados Unidos desde a descoberta de prata em 1877.

Wyatt Earp, ex-policial no Kansas, é segurança de um banco. Ele e os irmãos, Morgan e Virgil, o xerife da cidade, são os defensores da segurança pública em Tombstone.

Os Clanton e os McLaury moram em ranchos fora da cidade e estão envolvidos com ladrões de gado, assaltantes e assassinos. A disputa de poder em Tombstone resulta em tiroteio.

Ike Clanton e Tom McLaury vão a Tombstone fazer compras na manhã de 25 de outubro. Nas próximas 24 horas, eles têm vários encontros com os irmãos Earp e seu amigo Doc Holliday.

Às 13h30 do dia 26, Billy Clanton, Frank McLaury e Billy Clairborne vão à cidade. Ao entrar no bar da cidade, Holliday conta que seus irmãos levaram coronhadas dos irmãos Earp e saem em busca de vingança.

Por volta das 15h, os irmãos Earp e Holliday veem os cinco membros da gangue num terreno baldio no fim da rua Fremont. Em 30 segundos, 30 tiros são disparados. 

A maioria dos relatos diz que Virgil Earp disparou primeiro, matando Billy Clanton, enquanto Holliday atira no peito de Tom McLaury e Wyatt Earp atinge Frank McLaury, que ainda consegue disparar alguns tiros antes de morrer.

Quando acaba o tiroteio, os irmãos McLaury e Billy Clanton estão mortos, e Doc Holliday, Morgan e Virgil Earp saem feridos. Ike Clanton e Clairborne fogem para a montanha.

O xerife do Condado de Cochise, John Behan, acusa Holliday e os irmãos Earp de homicídio, mas o juiz de Tombstone os absolve sob o argumento de que os homicídios eram "totalmente justificáveis". Cinco filmes são feitos sobre o tiroteio em O.K. Corral.

DITADOR DA COREIA DO SUL ASSASSINADO

    Em 1979, o ditador sul-coreano Park Chung Hee é morto pelo chefe da Agência Central de Inteligência da Coreia (KCIA), Kim Jae Kyu, seu amigo de longa data, que é condenado à morte pelo crime.

Park Chung Hee nasce em 14 de novembro de 1917 numa família camponesa pobre em Gumi, hoje parte da Coreia do Sul. Ele se forma na Escola Normal Daegu e trabalha como professor do ensino fundamental antes de entrar para uma academia militar japonesa. O Japão ocupa a Coreia de 1910 até o fim da Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Durante a guerra, Park serve como segundo-tenente no Exército Imperial do Japão. Quando a Coreia recupera a independência, passa a fazer parte de seu exército. No fim da guerra, o país é ocupado pelos Estados Unidos e a União Soviética, que declara guerra ao Japão em 9 de agosto de 1945, o dia da bomba de Nagasáki, e depois dividido entre Coreia do Norte e Coreia do Sul.

A tentativa do regime comunista do Norte de unificar o país deflagra a Guerra da Coreia (1950-53). No fim desta guerra, ele é promovido a general de brigada e, em 1958, a general de exército.

Em 16 de maio de 1961, Park lidera um golpe militar e derruba a Segunda República. Ele chefia a junta militar durante dois anos e depois se elege presidente três vezes. Em 17 de outubro de 1972, impõe a lei marcial e reforma a Constituição para angariar amplos poderes.

Seu regime restringe as liberdades democráticas, censura os meios de comunicação, proíbe partidos de oposição e controla o Poder Judiciário e as universidades, mas o país tem um grande desenvolvimento, o milagre econômico sul-coreano.

Quando Park afasta da Assembleia Nacional o deputado Kim Young Sam, muito popular. que seria presidente (1993-99), estoura uma onda de protestos e manifestações violentas no país. Neste clima de violência, Park é assassinado. Até hoje se discute se foi acidental, um impulso ou premeditado. ]

Sua morte levou à democratização da Coreia do Sul nos anos 1980 com muita luta e protestos do movimento estudantil contra policiais vestidos como Darth Vader, o vilão da série cinematofráfica Guerra nas Estrelas

A filha Park Geon Hye se torna a primeira mulher a presidir a Coreia do Sul (2013-17) e é afastada num processo de impeachment por corrupção envolvendo a Samsung, a maior empresa do país.

BUSH SANCIONA LEI PATRIÓTICA

    Em 2001, um mês e meio depois dos atentados de 11 de setembro, o presidente George Walker Bush assina a Lei Patriótica para "fortalecer as punições aos terroristas e a quem os ajudar".

Os movimentos de defesa dos direitos civis criticam a lei por restringir as liberdades democráticas e dar poderes demais ao governo para investigar seus próprios cidadãos, prender estrangeiros por tempo indeterminado sem submetê-los a julgamento e fazer operações de busca e apreensão em residências sem consentimento nem ordem judicial.

Até a tortura é autorizada na luta contra o terrorismo dos jihadistas. A maioria da provisões da lei caduca em 2020, mas ela não é revogada. 

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