Um dos principais negociadores das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Iván Márquez, considera ter sido um erro entregar as armas antes de obter garantias de que o governo iria cumprir todos os pontos do acordo de paz assinado em 2016, noticiou hoje o jornal El Colombiano, de Medellín.
Este tipo de declaração pode levar centenas ou até milhares de ex-guerrilheiros a abandonar o processo de paz e aderir a organizações criminosas.
No ano passado, foi eleito presidente Iván Duque, um linha-dura apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe. Ambos discordam de vários aspectos do acordo de paz, como a anistia aos ex-guerrilheiros, o tribunal especial e a integração de ex-rebeldes à vida política. No poder, Duque está desacelerando o processo de paz.
Com as negociações com o Exército de Libertação Nacional (ELN), que era o segundo maior grupo guerrilheiro do país, estagnadas, aumenta o risco de que ex-rebeldes das FARC abandonem o acordo de paz e entrem para o ELN.
Nenhum comentário:
Postar um comentário