O governo da França reage diante dos violentos protestos dos coletes amarelos no fim de semana. O ministro do Interior, Christophe Castaner, se encontra hoje com líderes de partidos políticos e amanhã com representantes do movimento, mas o presidente Emmanuel Macron não quer recuar da proposta do aumento de impostos sobre combustíveis.
Hoje os motoristas de ambulâncias aderiram aos protestos, bloqueando várias ruas de Paris, inclusive o acesso à Assembleia Nacional, que discute daqui a dois dias, em 5 de dezembro, as medidas fiscais e ambientais anunciadas pelo governo. O Senado debate a matéria no dia 6.
As oposições pedem o cancelamento dos aumentos de impostos e medidas que vão de um referendo à dissolução da Assembleia Nacional. Os manifestantes querem a renúncia de Macron.
Embora o movimento não tenha lideranças e reivindicações claras, tem o apoio de dois terços da população francesa, que se sente deixada de lado pelas reformas de Macron, visto como o "presidente dos ricos".
Macron fazer poucas concessões. Pretende manter os impostos sobre combustíveis. Mas as oposições a suas reformas ganham força não vão parar por aí.
Seu plano é desestimular o consumo de combustíveis fósseis para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono, baseada em fontes de energia alternativas. Não dá para ser contra o aquecimento global e não querer pagar o preço da transição.
Como em toda reforma, os beneficiários da velha ordem sofrem com as perdas, enquanto as vantagens das reformas demoram a ser percebidas.
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