Pelo menos 12 manifestantes foram mortos em cinco dias seguidos de protestos na República Islâmica do Irã contra a ditadura teocrática dos aiatolás. As mortes foram atribuídas a "agentes estrangeiros" muçulmanos sunitas, o que remete ao conflito com a Arábia Saudita. Dez pessoas morreram da noite deste domingo.
Hoje, o presidente Hassan Rouhani, considerado um aiatolá moderado dentro do regime iraniano, se pronunciou pela primeira vez. Ele defendeu o direito de se manifestar pacificamente e criticou a violência, inclusive da polícia. Mas a linha dura não parece disposta a tolerar qualquer critica ao regime.
Apesar das advertências do governo, do bloqueio à Internet e ao aplicativo Telegram, que está sendo usado na mobilização para os protestos, os manifestantes protestaram pelo quinto dia consecutivo. A onda de protestos se espalhou por várias cidades, superando o Movimento Verde, que lutou contra a fraude contra o candidato Mir Hussein Mussavi.
Agora, não se trata apenas de eleger um candidato. As palavras de ordem nas ruas são "Morte ao ditador!" e "Fora, Khameni", o Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica. O ditador personifica o regime e é o principal alvo dos protestos. Os manifestantes também pedem o fim do financiamento ao terrorismo.
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