O Exército da Nigéria, o país mais populoso da África, anunciou hoje ter destruído uma base da milícia extremista muçulmana Boko Haram e libertado 455 pessoas sequestradas pelo grupo terrorista, informou o jornal nigeriano The Daily Post.
A grande operação de varredura visa a acabar com os últimos redutos da milícia no estado de Borno. Atingiu as regiões de Artano, Saduguma, Duve, Bordo, Kala, Bok, Magan, Misherde, Ahisari,
Gilgil, Mika, Hiwa, Kala Balge, Kutila e Shirawa.
Em Kutila, os jihadistas atacaram os soldados em aproximação, declarou o porta-voz do Exército, Sani Usman: "As tropas responderam, neutralizaram os terroristas do Boko Haram e os expulsaram da área. Vários feridos escaparam pela floresta densa."
Os reféns libertados foram para um campo de pessoas deslocadas internamente pela guerra civil na Nigéria, país-líder da África Ocidental.
Pelo menos 15 mil pessoas foram mortas desde 2009 pela guerra civil deflagrada pela adesão do Boko Haram à luta armada para impor a lei islâmica na África Ocidental a partir do empobrecido Nordeste da Nigéria. É a organização terrorista não governamental que mais mata no mundo hoje depois do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Em março de 2015, o líder do Boko Haram, que significa "repúdio à educação ocidental", Abubakar Shekau, declarou lealdade ao Estado Islâmico. Desde então, o Boko Haram é a Província do Estado Islâmico na África Ocidental, mas há pouca colaboração operacional entre as duas milícias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário