Um terrorista suicida disfarçado como deficiente detonou hoje os explosivos que trazia junto ao corpo no meio de uma fila de recrutas do Exército do Iêmen no porto de Áden, a segunda maior cidade iemenita e sede do governo reconhecido internacionalmente, informou o jornal The New York Times. Pelo menos 48 pessoas morreram e outras 84 saíram feridas.
Foi o segundo grande ataque terrorista do Estado Islâmico no país desde o início do mês, sinal de que o governo não consegue garantir a segurança das regiões sob seu controle. Em 10 de dezembro, outro atentado contra a mesma base militar deixou 57 mortos
A capital, Saná, foi tomada pelos rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã, em setembro de 2014.
A Arábia Saudita, que disputa a liderança regional do Oriente Médio com o Irã, recebeu o presidente deposto, Abed Rabbo Mansur Hadi, e intervém na guerra civil iemenita desde 25 de março de 2015.
O Iêmen está dividido. Os hutis e unidades militares que os apoiam dominam o Noroeste do país, enquanto o governo reconhecido internacionalmente contra o Sul e o Leste.
Os terroristas do Estado Islâmico aproveitam a situação caótica para realizar ações terroristas. Inicialmente seus alvos eram os hutis, que o grupo considera traidores do Islã. Ultimamente passaram a atacar o governo sunita aliado dos sauditas.
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